A Comissão Defensora da Cidadania e Transparência inovou, em assuntos de sua competência, em quatro áreas: a mediação entre os cidadãos e agências governamentais, treinamento, suporte para padrões públicos e melhoria de informações fornecidas por funcionários do governo sobre a remuneração e os políticos de carreira.
Em primero lugar, o acesso à intercessão gratuita vem quando não há resposta para os cidadãos no prazo legal (20 dias úteis) a partir de qualquer uma das 338 instituições públicas dependentes do Governo do Chile. Serve também como um intermediário quando a resposta afetar os direitos dos utilizadores do Estado. Consequentemente, o comitê atua depois que a pessoa foi para o Gabinete de Informação e Reclamações (OIRS) que está integrado à estrutura dos órgãos e instituições governamentais. Esta comissão também coloca à disposição dos cidadãos um corpo profissional para prosseguir com a cobrança do caso e notificar à referida autoridade na consulta, reclamação ou pedido.
Uma contribuição interessante está ligada ao trabalho que a Comissão desenvolve com todos os cidadãos chilenos sediados no exterior. Através de seu trabalho como instância intermediária, os chilenos que vivem fora das fronteiras também têm a possibilidade de reivindicar e/ou questionar os órgãos públicos que interagem regularmente com sua condição especial (Departamento de Imigração, Ministério do Trabalho, Instituto de Segurança Social, etc). No caso de não residentes, a Comissão atua, em primeira instância, sem apresentação prévia de recursos e/ou por escrito aos OIRS.
Em relação ao acesso à informação pública, a Comissão canaliza os arquivamentos que se referem ao conteúdo que não é mencionado no site do Governo Aberto. Essas ordens são implementadas através do Sistema de Gestão de Pedidos de Acesso à Informação Pública. Ele permite que as pessoas enviem pedidos de acesso à informação através dos sites de agências governamentais. Ao mesmo tempo, permite aos cidadãos obter informações sobre o status do seu pedido. A ferramenta foi implementada, até hoje, em mais de 100 agências. Para este fim, projetamos o suporte tecnológico e também um formulário padrão codificado que podem ser aplicados para os pedidos de acesso à informação, por escrito, fisicamente, com cada agência, quando os cidadãos preferem este canal.
Em segundo lugar, a Comissão oferece treinamento para os cidadãos chilenos sobre como proceder com o pedido de informação aos órgãos do governo. Isto é feito através do uso de tutoriais, gráficos e conteúdo audiovisual em seu website. Ao mesmo tempo, a população recebe informações da Comissão a partir de sua presença ativa nas redes sociais. Nestes casos, são emitidas mensagens concretas que, em forma de dicas, instruem os cidadãos em relação a como proceder frente aos diferentes procedimentos.
Em terceiro lugar, uma outra linha interessante do trabalho desenvolvido por esta Comissão são os links com outros órgãos públicos que compõem a Administração Central do Estado. Isso pressupõe três formas específicas. A primeira é a coordenação e monitoramento externo das ações dos órgãos governamentais para o cumprimento da probidade e transparência. A segunda é a promoção de boas práticas neste domínio, dentro dos vários serviços públicos. O terceiro é a implementação do programa de melhoria da gestão. Prevê que as agências assessoradas avancem sequencialmente na gestão da transparência. Quando as diferentes etapas do proceso são concluídas, os funcionários receptores da orientação da Comissão recebem incentivo monetário. Para todas estas tarefas, é fundamental a cooperação que prestam os membros da Rede Responsável pela Transparência de cada um dos órgãos em questão. Nas mãos desses últimos, se encontra o controle interno da aplicação da normativa sobre transparência.
Finalmente, uma contribuição interessante feita por esta Comissão é a organização da publicação de declaração de bens e interesses dos Chefes de Serviços. Com esta medida, o Chile está acima dos padrões exigidos pela OCDE sobre o assunto (o que limitam a obrigação de publicação aos chamados funcionários de designação política ou de confiança).