O modelo Chileno tem como objetivo central facilitar e gerenciar uma parte das fases externas do processo de compra. Sua base é a realização de vários contratos macro que normatizem, eliminem custos de transação e acelerem os tempos de negociação e execução das compras. O formato visual em que este se expressa parece ser muito interessante e tem um perfil de usuário muito amigável. Isto torna o mecanismo muito atual e de fácil uso, por isso recomenda-se sua utilização.

O Sistema ChileCompra resolve, no entanto, só uma parte do proceso de compras ou fornecimento do estado. Existem vários sistemas complementares que ajudam a controlar o processo de gasto como um todo:

1) O Sistema Nacional de Investimentos é o marco em que eles decidem e determinam que itens serão comprados. ChileCompra atua, portanto, sobre uma pequena parte dentro de todo o processo.

2) O plano anual de compras deriva do sistema descrito. ChileCompra somente facilita a compra de produtos e bens em geral. Sua eficácia está determinada por processos prévios.

3) O sistema de registro de preços é semelhante aos contratos macros mas, não exatamente o mesmo. O caso de Minas Gerais, visando um sistema de “registro de preços” estruturado e centralizado, é o mais parecido ao caso chileno ou americano. Sua implementação permitiu uma limitação clara de “caronas” . Ao mesmo tempo, tem possibilitado uma centralização que permite a padronização e o controle sobre os volumes. Isto não acontece na maioria dos estados brasileros.

É importante destacar a eventual importância no Brasil de um modelo como o ChileCompra que necessita ser complementado com um sistema de gestão de compras. Ao mesmo tempo, se deve adicionar um sistema de gestão estratégica de abastecimento que permita organizar temporal e geográficamente a necessidade de aquisição de bens e serviços por parte das agências governamentais.